De forma simples, tecnologias emergentes são aquelas que estão em um estágio inicial de desenvolvimento e aplicação, mas que já apresentam um grande potencial para impactar significativamente setores econômicos e sociais. Elas normalmente representam avanços inovadores que oferecem novos modos de resolver problemas ou aprimorar processos já existentes.
Algumas das tecnologias emergentes mais comentadas incluem inteligência artificial (IA), computação quântica, blockchain, internet das coisas (IoT), biotecnologia, entre outras.
São características principais das tecnologias emergentes:
Agora que já entendemos o que são tecnologias emergentes, vamos entender como elas funcionam.
A Inteligência Artificial (IA) refere-se à capacidade de sistemas de computadores realizarem tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecimento de fala, tomada de decisões e resolução de problemas. O aprendizado de máquina (machine learning), uma subcategoria da IA, permite que os sistemas melhorem suas capacidades sem serem explicitamente programados para isso, por meio da análise de grandes volumes de dados.
A IA funciona com base em algoritmos que imitam padrões de pensamento humano. Esses algoritmos são alimentados por vastos conjuntos de dados que permitem que o sistema "aprenda" e melhore continuamente. Um exemplo simples é o uso de assistentes virtuais, como a Siri ou Alexa, que reconhecem comandos de voz e fornecem respostas personalizadas.
No setor de TI, a IA já está sendo amplamente utilizada para automatizar processos, realizar análises preditivas, identificar padrões de comportamento em redes, e até mesmo no desenvolvimento de softwares mais inteligentes e capazes de tomar decisões autônomas.
A computação quântica é uma das áreas mais promissoras e misteriosas das tecnologias emergentes. Ela utiliza os princípios da física quântica para realizar cálculos que seriam impossíveis ou demorariam milhares de anos em computadores tradicionais.
Diferentemente dos bits usados pelos computadores clássicos, que podem representar apenas 0 ou 1, os qubits na computação quântica podem existir simultaneamente em ambos os estados, permitindo que eles processem uma quantidade massiva de informações de uma só vez.
Na computação tradicional, as informações são processadas em sequências de 0s e 1s. Na computação quântica, os qubits podem estar em múltiplos estados ao mesmo tempo, graças ao fenômeno da superposição quântica.
Além disso, o entrelaçamento quântico permite que qubits separados por grandes distâncias influenciem uns aos outros instantaneamente. Isso potencializa o poder de processamento, abrindo caminho para avanços em áreas como criptografia, simulações moleculares e inteligência artificial.
O blockchain é uma tecnologia que permite o registro descentralizado e seguro de transações em um livro-razão distribuído. A mais conhecida aplicação dessa tecnologia é o Bitcoin, mas seu uso vai muito além das criptomoedas. Blockchain pode ser utilizado para criar registros imutáveis e transparentes de uma variedade de processos, desde cadeias de suprimentos até contratos inteligentes (smart contracts).
O blockchain funciona como uma rede distribuída de computadores (nós) que validam e registram transações em blocos. Esses blocos são então "encadeados" uns aos outros, formando um registro cronológico que não pode ser alterado sem o consentimento da rede, o que torna o sistema extremamente seguro e transparente.
O blockchain tem o potencial de transformar a maneira como realizamos transações online, fornecendo segurança e confiança em áreas como finanças, logística e até mesmo saúde.
A Internet das Coisas (IoT) refere-se à interconexão de dispositivos físicos à internet, permitindo que eles coletem e troquem dados de maneira autônoma. Isso inclui dispositivos como sensores, eletrodomésticos, veículos e até mesmo roupas inteligentes.
Os dispositivos IoT são equipados com sensores que coletam dados do ambiente e os enviam para a nuvem ou outros sistemas para análise. Esses dados podem então ser usados para melhorar a eficiência operacional, otimizar recursos ou até mesmo prever falhas antes que ocorram.
No setor de TI, a IoT já está sendo usada para monitoramento de redes, controle remoto de dispositivos e automação de infraestrutura.
A Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (VR) são tecnologias emergentes que transformam a maneira como interagimos com o mundo digital. Enquanto a AR sobrepõe elementos digitais no mundo real por meio de dispositivos como smartphones ou óculos, a VR cria ambientes digitais completamente imersivos que simulam a presença física em locais virtuais.
A AR utiliza câmeras e sensores para mapear o ambiente ao redor do usuário e sobrepor imagens digitais sobre o mundo real, criando uma experiência híbrida. A VR, por outro lado, requer dispositivos como óculos VR que isolam o usuário do mundo físico e o colocam em um ambiente simulado digitalmente. Ambas as tecnologias estão sendo utilizadas em uma variedade de setores, desde jogos e entretenimento até treinamentos corporativos e visualização de projetos em engenharia.
Em resumo, de IA a blockchain, passando por computação quântica e IoT, essas inovações têm o potencial de alterar a forma como interagimos com a tecnologia, como trabalhamos e como vivemos.
Adotar e entender o funcionamento dessas tecnologias emergentes é fundamental para empresas que buscam estar na vanguarda da inovação. Compreender seus benefícios e limitações pode fazer a diferença na hora de tomar decisões estratégicas e desenvolver soluções que atendam às demandas de um mercado cada vez mais digital e interconectado.