Tendência na área de arquitetura de dados, o Data Mesh é uma das inovações recentes no setor de tecnologia e inovação. Se antes as informações interessavam apenas a área de TI, hoje outros setores as usam no processo de tomada de decisão.
Os números ajudam outros setores como de comunicação e marketing a compreender o comportamento do consumidor. O design começa a ser pensado a partir da experiência do cliente.
Tudo isso faz parte das mudanças que estão acontecendo no meio digital. O Data Mesh faz parte dessa transformação que compreende a arquitetura de dados de forma diferentes de conceitos como o data warehouse e o data lake.
Conceito recente proposto pela diretora de tecnologias emergentes da Thoughtworks América do Norte, a Zhamak Dehghani, o Data Mesh é uma nova abordagem ligada à organização e projeção de dados.
Diferente de outras abordagens, que propõe uma arquitetura mais centralizada como o data lake, o Data Mesh segue um movimento contrário. O conceito busca uma arquitetura informações aconteça de forma descentralizada.
Além da descentralização, o Data Mesh também tem outra perspectiva para os dados. Assim, essas informações são disponibilizadas como um produto. Por conta dessa nova forma de enxergar a organização das informações, isso desafia formas tradicionais.
No caso do Big Data, por exemplo, é proposto uma forma centralizada de lidar com as informações, já que assim seria potencializado o poder de análise. Dentro da perspectiva do Data Mesh, esse potencial só ocorre quando acontece uma distribuição.
Ou seja, só é possível desenvolver e proporcionar mais inovação, a partir do momento que os grupos que detêm esse grande volume de dados. Assim, os dados seriam tratados como produtos nesse processo.
A partir da observação dessa dinâmica, o Data Mesh propõe a democratização dos dados. Isso a partir da adoção de um novo modelo de governança para a área de TI.
Por isso, o Data Mesh propõe a descentralização dos dados, como uma forma de democratização das informações. Além disso, essa nova perspectiva também destaca que a experiência dos consumidores de dados deve ser priorizada.
Nesse sentido, essa nova forma de pensar a arquitetura de dados promete mais facilidade no acesso a conjuntos de domínios. Outro pacto está ligado ao potencial de analisar informações em escala.
Além disso, o Data Mesh promete aprimorar problemas apresentados pela organização centralizada do Big Data. Uma dessas questões está ligada às plataformas monolíticas.
Isso porque, a falta de várias fontes de dados, por exemplo, pode minar com boas ideias que surgiram a partir desse intercâmbio de informações. Assim, informações valiosas se perdem por conta da centralidade das plataformas.
Outras questão apontada é que, essa forma centralizada inibe o cruzamento de dados. Isso dificulta a possibilidade de ligar diferentes conjuntos, o que poderia gerar novas observações sobre realidades operacionais.
O intercâmbio entre diferentes áreas é também outra proposta. Se formatos tradicionais podem isolar áreas e equipes de trabalho, a novidade na arquitetura de dados busca a troca de informação entre diferentes áreas.
Com isso, aconteceria o desenvolvimento de equipes mais ágeis. Além disso, o Data Mesh propõe reduzir o backlog do profissional de TI. O resultado disso são projetos mais independentes e rápidos.
O Data Mesh é uma das inovações disponíveis no setor de TI. Acompanhe outras novidades no blog da 4infra.